Sunday, June 17, 2007

Desktop ou Laptop? E a hora é boa?

Volta e meia temos que dar uma atualizada nas dicas de compras de computadores. Como sempre, não vou me arriscar a falar nos importados por vias diretas ou indiretas, nem os computadores montados por empresas pequenas, esses às vezes uma boa pedida na hora da compra, mas nem sempre na hora que você precisa de manutenção ou de comprovar que ele tem peças, partes e software de origem lícita. Também vou me concentrar no usuário doméstico, ou, no máximo, no profissional autônomo, no estudante e no dono de uma micro empresa. Para soluções corporativas, o raciocínio é completamente diferente.

O mês é junho, o ano 2007, passado o Dia dos Namorados, sem nenhuma promoção de data antes de agosto, no Dia dos Pais. Pechinchas? Novas plataformas? Com certeza!

Esse ano de 2007 as vendas de computadores pessoais no Brasil devem superar, com alguma folga, a marca de 10 milhões de unidades. E, pela primeira vez, siperam também o número de televisores vendidos! É marca que merece ser celebrada, pois, definitivamente o computador entra na cesta de consumo do brasileiro médio, e as vendas vêm crescendo mais rápido exatamente nas faixas C e D da pirâmide de consumo, exatamente aquela parcela da população que ingressa em seu primeiro computador doméstico, incorporando-o à cesta de produtos eletroeletrônicos que já incluem o televisor, o DVD, a geladeira, o forno de micro-ondas e outros tantos.

Mas computador é acesso ao conhecimento, e, outro marco: 2007 exibirá em algum dia do segundo semestre uma quantidade de acessos por banda larga maior do que o de acessos discados.

Então vamos lá: a faixa de micros abaixo de R$ 1.000,00 está bem sortida, embora estejam com uma configuração bem básica, tipicamente 256Mb d memória RAM, HD de 40GB, um processador Celeron não muito rápido, placas Fax/Modem e de rede, e um monitor básico de 15" de tubo. Como essas máquinas têm um financiamento a juros camaradas, é uma opção para quem está chegando e mesmo para quem pensa em um segundo ou terceiro micro, só para navegar na internet, sem maiores pretensões, e executar programas comuns de edição de texto, planilha, etc... Aliás, esses programas estão cada vez malhores no Google Docs & Speadsheets, a nova incursão do gigante de busca na seára da Microsoft. O sistema operacional da quase totalidade dessas máquinas é o Linux, em algumas de suas distribuições mais conhecidas no Brasil.

No intervalo de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00 aparecem alguns desktops bem razoáveis, com razoável capacidade multimídia, alguns até com o novo -e já razoavelmente estável- Windows Vista, mas na sua versão básica. Também no topo dessa faixa você encontra os primeiros notebooks (eu prefiro o nome laptop...)

Para quem quer um desktop com mais capacidade em disco, um processador rápido para aplicações de áudio ou vídeo vai começar a ter opções interessantes na faixa imediatamente superior, de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00. Dá para ter máquina com o Windows Vista Home Premium, que tem os recursos do Media Center, que eu particularmenet acho que será uma das principais ferramentas de integração do computador com seu centro de entretenimento doméstico, que incluirá a distribuição de áudio e vídeo pela casa, a captura, organização e tratamento de arquivos de sua câmera fotográfica ou de sua filmadora digital, e um monte de outros brinquedinhos úteis. Não espere nada de excepcional nessa faixa para games, onde você percisará de muito processador, muita memória e sobretudo, uma placa de vídeo com boa velocidade e boa memória dedicada. Aqui você acha uns laptops bem jeitosos, já não tão pesados e bem razoáveis para utilização "na estrada". Mas ainda serão máquinas provavelmente com Windows Xp (que dura bem por mais uns 2 ou 3 anos, sem medo de ficar desatualizado), e não terão toda a memória e capacidade de arquivamento em disco para aventuras muito mais sofisticadas. mas é aqui que se concentrarão as melhores ofertas, ao menos até o Natal, em termos de preço/performance.

Agora vamos ampliar a faixa, de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00, pois a partir daqui que começam a variar bastante as configurações, tanto de computadores de mesa como os portáteis. O modelitop básico do Macintosh, o Mini, surge aqui, com seu design limpo e uma capacidade de demonstrar boa parte do diferencial dessas máquinas sobre as demais. No segmento dos desktops, uma boa pedida são máquinas com Windows Vista Home Premium, que tem todas os recursos de multimídia do novo sistema operacional da Microsoft. A memória mínima é 1GB, sendo 2Gb uma boa pedida para aumentar sua vida útil, com os programas que vêm por aí. Provavelmente você consegue configurar um desktop parrudo com um monitor LCD de 17". Não pense em nada menos do que 17" para um monitor de cristal líquido, e cuide para que tenha bom contraste e tempo de resposta o menos possível (2ms é a o tempo ideal, 5 ms é bem aceitável). Se puder encaixar um monitor de 19" widescreen (formato 16x9, como nas telas de cinema), você vai poder ver os DVDs mais recentes em formato cinema. Aliás, essas máquinas deverão vir com leitor/gravador de CD e DVD, e uma boa capacidade de disco, maior que 120GB. É bom que essas máquinas tenham muitas portas USB 2.0, uma ou duas "firewire" e também saídas para conexão em televisores de tela grande, para poder ligar quase todos os tipos de engenho digital. É nessa faixa também que você compra micros que servem também para gravar no HD seus programas prediletos da TV. Os laptops nesse intervalo são os mais vendidos, e começam a ficar bastante rápidos e versáteis de modo a poder até substituir um desktop. E, dependendo de suas atividades e das pessoas que o cercam, pode até mesmo substituir mais de um desktop, uma vez que ele vai junto com você, da casa para o trabalho, para a universidade, para a viagem. Esses laptops deverão ter um mínimo de 1Gb de memória e capacidade de conexão a redes sem fio, padrão WiFi.


Para cima de R$ 5.000,00 aí tem de tudo, a coisa pode ir até R$ 20.000,00 ou mais. Aqui você encontra tudo que é do mais sofisticado, mas o benefício resultante em função do custo só vai justificar essas máquinas para aplicações muito específicas ou se seu objetivo for usar o poder da griffe dessas máquinas maravilhosas. O Macintosh que tem a CPU embutida no monitos é um belo exemplo de design e funcionalidade, mas vai custar, na versão 19" wide-screen algo próximo de R$ 9.000,00. Aqui aparecem desktops da HP, da Dell, da Itauec, da Positivo, mas ultra-configurados, , praticamente para cada necessidade, vai existir uma configuração específica. É fácil aqui gastar R$ 1.000,00 para uma placa de vídeo incrementada que só vai servir se você for um "gamer" profissional ou se tiver um escritório doméstico para produção de áudio ou vídeo de qualidade para disputar um festival de cinema ou de publilcidade. E, salvo se você for do ramo, só vale a pena colocar incrementos de configuração se você efetivamente for precisar de características muito especiais. Num extremo, você pode acabar montando o equivalente a uma carreta pesada com o desempenho de uma Ferrari. Aliás, existem máquinas com assinatura de Ferrari, Prada, e outras marcas sofisticadas, especialmente os laptos. Mas gastar uma grana preta em uma máquina que tem algum diferencial, mas que você fica gelado cada vez que tem que carregá-lo pela cidade ou num aeroporto, será que vale a pena?

Resumindo: o momento para trocar seu computador, em qualquer segmento, seja ele de mesa ou portátil, é muito bom. A consolidação da plataforma Windows Vista, a sobrevida por uns bons anos do Windows Xp, a estabilidade do Linux e dos aplicativos de software livre, o charme das máquinas da Apple e, sobretudo, um dólar barato e taxas de juros ainda indecentes, mas já mais civilizadas, fazem com que você tenha um vasto leque de ofertas, limitado apenas a seu bolso e à sua capacidade de sonhar.

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