Sunday, August 19, 2007

Meus agradecimentos pela convivência, pelo apoio e pelo aprendizado!

Caros amigos do 96/91 Minutos,

Depois de 4 anos como comentarista no 96 e no 91 Minutos, é chegada a hora de novos rumos. Deixo o 91 Minutos com muita gratidão aos ouvintes -e participantes, para usar a expressão do José Wille-, aos colegas comentaristas, produtores, âncoras e aos donos da Rádio Rock, essa incrível emissora que soube cativar sua crescente audiência.

Motivos pessoais e profissionais me levam a novos rumos. Por enquanto, continuo à disposição de vocês no e-mail tecnologia@sigma.com.br, no orkut e nos meus blogs http://pensarestrategico.blogspot.com e no novíssimo http://tecnologiacbncuritiba.blogspot.com/

O blog http://91minutos.blogspot.com tem uma última matéria sobre SmartPhones e assim ficará para registro de um período muito gostoso de minha vida.

Nos últimos 12 meses, tive o prazer de responder a uma média de 30 e-mails individualizados por semana, e o blog dedicado aos participantes do 91 Minutos registrou média de 285 acessos diários e únicos, no mês de julho último.

O trabalho feito foi movido a coração, pelo entusiasmo e incentivo de muitas pessoas que sequer conheci pessoalmente. Da mesma forma, aprendi muito com as sugestões e, principalmente, com as críticas.

Aprendi muito nesse período, especialmente com a nossa grande e variada audiência. A vida é assim, composta de contínuos aprendizados. A série do 96/91 Minutos foi particularmente especial para mim. A todos, mais uma vez, meu muito obrigado e um até breve!

Abraços!

Guy Manuel

Friday, August 10, 2007

Smartphones - Chegou a Hora?

O mercado dos sofisticados Smartphones parece que começa a esquentar. A venda para o Dia dos Pais de 2007 superou todas as expectativas e muitos novos usuários exibem, com orgulho, seu novo brinquedo, uma combinação de telefone celular e computador de mão e, dependendo do modelo, com muitos acessórios como mp3 player, câmera digital e acesso à internet direto, em conexão WiFi. Chegou o momento?

Sem querer escrever tudo sem dizer nada, a resposta é um claro depende! Não se aventure antes de saber o que você precisa, se o preço é correto (do aparelho e do plano que você contrata com a operadora), da ergonomia de uso e da facilidade de levá-lo, enfim, teste muito bem e, se possível, pergunte a quem tem um da mesma marca, modelo e operadora.

Em tese, você precisa ver quais são as funcionalidades essenciais para você.

Muita gente não dispensa a facilidade de um bom programa de e-mail e, nesse caso, o Blackberry, da canadense Research In Motion (RIM), parece ser o campeão aqui nas nossas praias também, em seus vários modelos. A veneranda PALM, criadora do PalmTop, tem a sua linha Treo, com vários modelos igualmente robustos e confiáveis.

Se você vai mais para o lado das funcionalidades de entretenimento, como câmera digital e mp3 player, aí existem uma série de modelos da Nokia, Motorola, HTC, e Samsung, dentre outros. Só lembrando que, nessa área, a Nokia tem mais de 50% do mercado.

Quando falamos em acesso à internet, temos duas considerações a fazer:

A primeira é sobre o acesso via rede das operadoras de celular. Todas elas que oferecem a tecnologia GSM, estão com o acesso em cima da plataforma EDGE, que é a dominante na chamada geração 2.5 de celulares. Elas vão oferecer velocidades compatíveis com um bom acesso discado, em torno de 40kbps. Para a maioria das aplicações de internet de hoje, uma lesmeira. E como a tarifação é algo entre R$ 20 e R$ 140 para pacotes de 10Mb a 2Gb por mês, e a Vivo tem um plano de R$ 69,90/mês com acesso ilimitado. Mas com essa velocidade, acesso ilimitado não é exatamente uma vantagem. A Vivo oferece ainda um acesso um pouco mais rápido (média de 60kbps) para smartphones com tecnologia CDMA em redes 3G EVDO, mas essa plataforma , embora mais moderna, está sendo progressivamente substituida pela GSM, por aspectos de compatibilidade e roaming . Pode não ser a melhor opção.

A segunda é sobre os aparelhos com a opção de acesso à internet por WiFi sem fio mas direto na internet, em milhares de locais como aeroportos (eca!), hotéis, cafés, livrarias e muitos prédios públicos também. Aí o acesso é acintosamente mais rápido, e o custo é praticamente zero, dependendo do tipo de contrato que você tenha para acessar a internet via hotspots. Mas as operadoras relutam em oferecer esses aparelhos destravados para o WiFi pelo simples motivo que eles podem deixar de usar suas caríssimas redes e, como normalmente seu custo vem com algum subsídio, elas não querem perder renda. Você pode, de posse de um smartphone com WiFi, falar com qualquer lugar do mundo via Skype, por exemplo, pagando zero ou, no máximo, tarifas de ligação local para fixo ou celular.

Aí as operadoras reagem com golpes baixos... A Transit Telecom, poor exemplo, que é quem carrega o tráfego local do Skype no Brasil, já estava com cartão amarelo da Brasil Telecom, que ameaçava suspender seu tráfego pela rede comutada e agora oficializa a suspensão definitiva das chamadas que não sejam destinadas a telefones da própria Brasil Telecom, aparentemente com o beneplácito da Anatel, a agência reguladora.

Enquanto isso, lá fora os smartphones acessam a internet em velocidades superiores a 10Mbps (isso mesmo, 10 MEGA!), com previsão de chegar a 100 Mbps até 2009, ou 2.000 vezes mais rápida que a média da conexão à internet através da rede celular.

Perdem todos aqui no Brasil com essa visão míope das operadoras, que têm uma rede sub-utilizada, da Anatel, que não vem cuidando dos usuários e dos próprios consumidores, que não se organizam para ter melhores serviços.

Mas estamos no Brasil de 2007, não vamos sonhar tão alto e voltar aos SmartPhones disponiveis no Brasil, com as redes lentas e preços altos: se seu celular está pedindo água, e você já ultrapassou os limites de sua capacidade, talvez seja mesmo a hora de mudar para um SmartPhone, de preferência com aceso à rede WiFi.

Vou destacar 3 modelos que chamam a atenção:

O E61 da Nokia, que tem um bom tamanho, boa duração de bateria, embora não tenha câmera fotográfica nem mp3 player. Dependendo de seu plano e da operadora, ele vai custar de R$ 200 a R$ 1.100, mais a assinatura. É um modelo bem basicão, ou, melhor dizendo, voltado ao trabalho corporativo e sem muitas opções de diversão. A duração de sua bateria é ponto forte, e se você é um workaholic, ele vai muito bem e não pesa no bolso, nos dois sentidos, pois tem só 147g.

A taiwanesa HTC (prestem atenção nesse nome, eles vieram para apostar no mercado com excelentes produtos) oferece o Excalibur S621, e vai custar entre R$ 1.900 (com subsídio da operadora), mais assinatura e R$ 2.900, comprado desbloqueado na loja. Ele é mais leve e ergonômico, e tem o Windows Mobile como sistema operacional, e lá você pode usar as versões compactas do Office, incluindo o Outlook. Tem câmera digital para quebrar o galho e uma incr´vel tecla sensível ao toque que é configurada para as principais funções do S621. Em algumas situações, pode até substituir seu notebook velho de guerra, tão visado por ladrões...


O Checkmate, da desconhecida e nova Elef, vem com o Skype pré-instalado e o Window Mobile 6.0, a versão mais atualizada. Assim, se você anda muito em locais que têm hotspots para internet sem fio, ele pode ser o ideal, embore custe a bagatela de R$ 2.000, e não vi nenhuma operadora ofertando-o em melhores condições. A câmera dele é a melhor dentre os avaliados, com uma boa lente e razoáveis 2Mp de resolução. Vem junto com um mini-SD card de 2 a 4Gb, o que assegura uma excelente capacidade de armazenamento. É uma tentação, mas a fabricante ainda carece de tradição no mercado.

Os demais SmartPhones avaliados não têm acesso à internet fora da rede celular. Pode não ser uma restrição séria para muitos de nossos ouvintes e internautas do 91 Minutos. Para mim, que estou em fase de seleção de um SmartPhone, a disponibilidade de acesso à internet por WiFi é um pré-requisito indispensável para que eu considere trocar meu combalido mas discreto celular por um SmartPhone cheio de teclas e funcionalidades. E novos modelos estarão chegando ao mercado até o final do ano. Assim, se você está em dúvida, não pense duas vezes: espere um pouco mais, aguarde o Papai Noel!

Sunday, August 05, 2007

O Skype Evolui... e Mostra o DNA do eBay

Desde que seus antigos donos Niklas Zennstrom e Janus Friis venderam o Skype por vários bilhões de dólares ao portal de leilões eBay, muita gente apostava que logo, logo, ele estaria totalmente modificado e perderia o encanto e a vantagem competitiva de um grande e inovador portal de telefonia IP. Pois bem, o Skype não foi totalmente pasteurizado pelo eBay, e manteve as características iniciais que encantaram milhões de usuários. O que esperar?

De início, dá para dizer que, como ferramenta de telefonia IP, o Skype continua sendo o mais fácil de usar, o mais abrangente e o que tem maior número de usuários. As novidades ficam por conta de suas novas funcionalidades, algumas desenvolvidas pela equipe do Skype, outras por terceiros. O simples fato de aparecerem aplicativos para o Skype feito por terceiros -que ganham visibilidade e até algum dinheiro com isso- mostra que a plataforma veio para ficar. Mas tem alguns pontos que podem gerar confusão.

Para quem ainda não tem o Skype, mas tem acesso por banda larga, ainda é negócio ir ao site do Skype e baixar o aplicativo. ele está em português também, e muito bem traduzido. Se você tiver um microfone e umas caixas de som, ou simplesmente um headset, você continua podendo falar de graça com qualquer usuário Skype no mundo.

O SkypeOut é o modo pré-pago de uso do Skype para você poder fazer chamadas locais, interurbanas e internacionais para praticamente qualquer telefone fixo ou móvel no mundo. As tarifas podem ser interessantes, especialmente para ligações ao exterior, cujos preços começam em 0,004 euros (um pouco mais de 1 centavo de real o minuto) para telefones fixos na América do Norte e em alguns outros países da Europa. Na outra ponta, o Skype perde para ligações locais para telefones fixos, assim como para celulares, dependendo do plano que você tenha contratado com sua operadora. Nas ligações interurbanas, a briga é boa com as principais operadoras VoIP nacionais, e isso sempre muda, é bom conferir.

O SkypeIn é o serviço receptivo de telefonia IP do Skype. Você assina quantos números quiser, em mais de uma centena de países, e facilita que outras pessoas lhe chamem pagando ligação local, ou no máximo DDD. Aqui também o terreno está competitivo, vale a pena comparar tarifas. O SkypeIn vem junto com um útil serviço de secretária eletrônica, que serve tanto para que seus contatos deixem seus recados de voz, como também para você mandar mensagens de voz a quem seja usuário Skype.

O chat do Skype continua muito bom, com maior segurança do que o MSN, por exemplo, e pode, perfeitamente, ser usado até no mundo corporativo. Particularmente, gosto mais do chat do GoogleTalk, que exibe um nível de segurança superior, mas não é um serviço tão difundido.

Mas agora quero comentar algumas funcionalidades recentes do Skype, que pouca gente conhece, mas vale a pena investigar. Falamos da versão 3.2.0.175, a mais recente disponibilizada pelo Skype.

Vá a Ferramentas>Faça Mais>Adquirir Extras e lá você verá uma infinidade de "add-ons" ao Skype, alguns totalmente grátis, outros pagos. Os que estiverem como "Grátis" é ver se serve e sair usando, embora muitos deles requeiram mais de um usuário para poder ser útil. Prefira os que tiverem o selo "Skype Certified", que quer dizer que o Skype testou suas funcionalidades e garante que elas estão aderentes à sua plataforma. Os que têm um link "Experimentar" oferecem um período de teste grátis e depois, se você quiser continuar usando, tem que pagar uma licença de uso ou uma assinatura.

Eu, particularmente gostei do WhiteBoard Meeting, que é um quadro branco onde pessoas à distância podem rabiscar de forma cooperativa em cima de um quadro eletrônico. Muito bom e simples de usar em reuniões virtuais para discutir idéias que requeiram rabiscos ou desenhos de várias pessoas.

O High Speed Conferencing é interessante para vídeo-conferências pela internet e trabalho colaborativo em cima de documentos dos mais variados tipos. Aí, se você necessitar de imagens de vídeo em tempo real, vai ser necessário o uso de webcams nos pontos de captura de imagem e uma boa banda na internet para que a imagem não seja interrompida por "soluços" ou interrupções.

Na fase da brincadeira, o RingJacker é divertido, pois ele "sequestra" o ringtone de seu amigo com quem você está conectado. É seguro para ambos, não tem perigo... Se você tem boa memória musical, pode também tentar o Audio Whizztoness que, segundo os autores, permite que você tenha um ringtone exclusivo para cada contato, ou grupo de contatos.

Na parte de utilitários, para quem está na estrada e precisa de conexões sem fio, seja para seu laptop ou para seu telefone com WiFi, o JiWire Hotspot Finder for Skype promete ajudar você a encontrar pontos de conexão para o Skype em 134 países! Se você precisa escapar daquelas tarifas medonhas em aeroportos ou hotéis, pode ser a saída, especialmente se seu laptop tem acesso sem fio ou, melhor ainda, se você acaba de comprar um desses smartphones novinhos, que têm acesso WiFi e você definitivamente não gosta das tarifas cobradas por sua operadora de celular. Tente também o Speak and Translate Chats, que faz a tradução em tempo real de conversas de texto por chat no Skype. Embora a coisa fique no padrão desses tradutores simultâneos da internet, que de vez em quando dão umas bolas fora, ou quase sempre fazem uma tradução capenga, pode ser ótimo se você precisa da interlocução. A empresa Tumara oferece três programinhas que podem ter sua utilidade, o XS for Skype, que permite acesso remoto ao Skype e o XF for Skype que faz a transferência de chamadas recebidas. O PBX for Skype é um PABX virtual para sua casa ou sua empresa.

Se você quer criar um Call Center para sua empresa usando o Skype e acesso à internet, existem duas opções, o OnState ACD for Skype e o Sky-Click to Call Center.

Nos utilitários, você encontra vários que vão te dar acesso a rádios pela internet, ou então sincronizar seu Skype com seus sites de músicas preferidos, com o iTunes. Tem um a verificar que é o KishKish Lie Detector que se propõe a analisar o stress da voz de seu interlocutor e sugerir se ele/ela está mentindo. Se funcionar direito...

Ainda tem os programas de jogos e de comunidades, enfim, dá para explorar uma enorme variedade de facetas do Skype, que podem transformá-lo numa verdadeira plataforma multi-uso de comunicação pessoal ou corporativa.

Mas atenção: esses programas estão quase todos em inglês, e, salvo se você dominar bem o idioma de Shakespeare e tiver pouco stress com computador, é bom buscar a ajuda de um especialista para personalizar o Skype com todas essas novas funcionalidades.

Para não ficar só no software, se você tem uma conexão de bnada larga mas continua adepto do telefone, existem centenas de modelos de telefones IP na praça que é só plugar na rede e sair falando. Alguns têm até as teclas de navegação do Skype, o que facilita bastante. E se você tem aparelhos telefônicos sobrando, pode ser uma boa comprar uma caixinha ATA (Analog Telephone Adapter) que serve para ligar seus aparelhos na numa conexão de rede local. É coisa de 30 reais.

Enfim, existem muitas novidades no 'velho' Skype. Com elas, a cara do eBay aparece forte, transformando-o em um enorme bazar de múltiplas utilidades. É uma mudança bem grande de rumos em cima da proposta original dos escandinavos que o criaram e agora vão de Joost, para mais uma vez tentar revolucionar a internet, Mas esse é outro tópico, para outro dia.

E, antes de você pensar em eliminar de vez seus telefones fixos e celulares, de casa ou da empresa, lembre-se: ainda não chegou a hora. Mas, com certeza, é um bom momento para você melhorar a qualidade de sua comunicação e, de quebra, economizar uns bons trocados. Boa sorte!




Monday, July 23, 2007

Terminal Guadalupe - Inovando na Distribuição da Arte Musical

Hoje, 23 de julho de 2007, tivemos o prazer de receber no 91 Minutos o Dary Júnior (vocalista Terminal Guadalupe) e o Antonio Júnior, da Polvo, que nos mostraram a inovadora e criativa forma de apresentação do novo album da banda, em pen-drive.


O álbum "A Marcha dos Invisíveis", da banda independente curitibana Terminal Guadalupe, chega com edição promocional e limitada em Memória USB, também conhecida como pen drive. É o primeiro dispositivo (512 MB de capacidade) do gênero lançado por um grupo brasileiro - no exterior, Keane, The Fratellis e White Stripes já utilizaram a nova mídia, enquanto o clássico álbum "Exodus", de Bob Marley, foi reeditado neste formato.


Além dos arquivos de áudio em excelente qualidade (taxa de compressão a 320 kbps), a memória portátil traz vídeos, fotos, papéis de parede, textos e links recomendados. A primeira tiragem vem com caixinha de madeira, proteção de espuma e manual de operação.


Por tudo isso, cada unidade de Memória USB do Terminal Guadalupe vai custar R$100 e será vendida apenas por e-mail. A intenção inicial era – e ainda é, segundo os integrantes do grupo – oferecer uma versão mais simples do pen drive por R$30, mas a banda não conseguiu patrocínio para baratear esta tiragem. Os próprios integrantes bancaram o projeto gráfico e o desenvolvimento do sistema de navegação pelo dispositivo, feito pela agência de comunicação Polvo.


A busca de novas formas de divulgação da arte -não só musical- parece ser inevitável, em tempos de internet. No ano em que mais músicas são vendidas pela web do que em meio físico, (o que ainda não ocorre no Brasil), a forma encontrada pela banda curitibana é bastante criativa e original, em nosso mercado.

O trabalho é de qualidade indiscutível, e sinaliza a busca de novas mídias para apresentar a criação musical. Do ponto de vista de oferecer uma nova opção ao mercado, Terminal Guadalupe sai na frente, no mercado brasileiro.

Interessante notar que o grupo tem perfeita sintonia com o potencial das novas mídias digitais, e, se essa experiência vingar, eles prometem não parar por aí.

Vamos torcer pelo sucesso do grupo!


Sunday, July 22, 2007

Mais um acidente aéreo... Acidente?

Terça-Feira, 17 de julho de 2007. Um avião da TAM sai da pista de Congonhas e se espatifa contra um prédio da própria TAM e um posto de gasolina, do outro lado da Avenida Washington Luiz. Total de mortos próximo de 200.

Mais uma tragédia, mais um acidente? Tragédia, sim, acidente, pouco provável. A omissão dos teoricamente responsáveis -empresas aéreas, controladores de vôo, Infraero, Anac, Comando da Aeronáutica, Ministério da Defesa- já mostra que, no Brasil, é melhor varrer detritos para baixo do tapete, como aconteceu com a colisão do Boeing da Gol com um Legacy recém comprado por uma empresa americana, em outubro passado.

Duas tragédias, quase 400 vidas ceifadas.

Nesse meio de tempo, queda de braço entre os vários atores, cada um jogando a culpa nos outros, e os passageiros, desorientados, desesparados, começam a achar normal um vôo que atrasa "só" uma hora e, após esse da TAM, vão achar bom simplesmente poder chegar com vida.

A Wikipedia, poderosa enciclopédia virtual e comunitária da internet assim define, nesta data, a palavra "acidente":

Acidente

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Um acidente é um evento indesejável e inesperado que causa danos pessoais, materias (danos ao patrimônio), danos financeiros e que ocorre de modo não intencional. Exemplos físicos incluem colisões e quedas indesejadas, lesões por tocar em algo afiado, quente, elétrico ou ingerir veneno. Exemplos não-físicos são revelar um segredo não intencionalmente, esquecer um compromisso, etc.

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Por óbvio, o ocorrido com o vôo da TAM (e o da Gol) não foi "inesperado"... Talvez não tenha sido nem "não intencional".

Dado o desconto que controladores, autoridades, pilotos, diretores de empresas aéreas não têm a intenção de matar ninguém, fica no ar essa interminável discussão sobre de quem é a culpa, e os culpados não aparecem. Mas que o pior poderia ter acontecido -e aconteceu- isso já era sabido.

Pior: Não se tomam providências para termos a quantidade de controladores adequada, os equipamentos que não falhem, os aeroportos devidamente estruturados e com pistas decentes e as aeronaves programadas para poderem voar com tripulações descansadas, que não sejam submetidas a situações permanentes de stress.

Se atualizarmos as estatísticas, o Brasil deve estar lá no "topo inferior" da segurança de vôo, parafaseando o inesquecível Bussunda.

Agora, dentro da linha do nosso blog, de "Pensar Estratégico": com as ações e inações atuais, o que acontecerá se o tráfego aéreo continuar a crescer às taxas atuais? E se o governo criar um bem-sucedido PAC Aéreo, um plano que acelere ainda mais o crescimento do tráfego de aviões no Brasil? Mais tragédias, mais problemas em aeroportos, mais desculpas.

Quando ouço que oq ue acontece é por causa de nosso crescimento, e que nossas aerovias estão congestionadas, fico pensando: será que as pessoas responsáveis pela aviação civil no Brasil sabem realmente o que se passa? Ou o tráfego aéreo na Amazônia, onde houve a colisão do Boeing da Gol com o Legacy é mais denso do que os corredores Londres-Paris ou Nova Iporque-Chicago? Ou que a quantidade de passageiros no Brasil já teria superado o da franja asiática ou da Comunidade Europeía?

Mais do que tudo, me preocupa, ao ouvir as pessoas que deveriam zelar pela segurança e qualidade do tráfego aéreo, é a sensação que tenho de que as coisas só tendem a piorar.

Tomara que eu esteja errado. Ou que eles acordem de seu berço esplêndido.

Thursday, July 19, 2007

Google: uma história bem escrita e mal traduzida

Há algumas semanas, comprei numa livraria do aeroporto de Brasília um livro tentador: "Google, a história do negócio de mídia e tecnologia de maior sucesso de nossos tempos", escrito pelos jornalistas americanos David Vise e Mark Malseed, aqui no Brasil publicado pela Editora Rocco, com tradução de Gabriela Fróes.

O enredo é fascinante, pois conta a trajetória de Larry Page, o americano, e Sergey Brin, o russo, que se encontraram no doutorado em Stanford e tiveram a idéia de fazer o Google.

É um importante registro da grande transformação de referências na tecnologia da virada do século, pois o Google acaba de completar 9 anos de vida empresarial e já é uma das empresas com maior valor de mercado em bolsa, maior lucratividade, maior capacidade de inovação e, sem dúvida, a empresa que está transformando a própria internet, como a utilizamos e como a valoramos.

É uma importante lição de empreendedorismo e de visão de oportunidade, contrariando as regras vigentes até então, seja no Vale do Silício, seja em Wall Street.

Um problema com essa edição brasileira é que ela chega com 2 anos de atraso, falando do Google e seus principais atores sem contar a parte pós lançamento em bolsa de valores. Mesmo assim, o conteúdo é interessante.

Já a tradução... é lamentável, parece ter sido feita automaticamente pelo algoritmo de tradução do Google, do Yahoo ou do AltaVista, que produzem apenas pálidas idéias do texto original e às vezes divertidas ou constrangedoras gafes.

Não é fácil traduzir um livro como esse, escrito em inglês bem coloquial, com jargões técnicos e financeiros, e condições culturais tipicamente americanos. Mas já vi muita coisa semelhante ser feita com competência de razoável para ótima.

Essa aqui em pauta, nem merece a qualificação de péssima. Às vezes não dá para entender o que a tradutora enjambrou, outrsa ficam claras as traduções literais, que remetem, a quem conhece inglês, ao texto original, mas que no português fica sem sentido.

Lembra, para efeito de comparação, a série dublada dos tiras americanos no "Casseta & Planeta", a impagável dupla Fucker & Sucker, com suas trapalhadas e tudo.

Pena que não seja a idéia original dos autores nem a proposta do Google. Seus leitores perdem muito tempo inútil, sem contar com aqueles que gastaram seus 50 reais para comprá-lo.

O melhor que a Rocco faria seria fazer um recall dessa tradução, reembolsar os compradores e pedir desculpas em público. Esse livro, na sua versão em português, tampouco faz juz à tradição da Rocco.

Lamentável.

Saturday, July 14, 2007

Além do Apagão aéreo, Apagão Tecnológico!

Ninguém ainda sabe quem é o mordomo do Apagão Aéreo, ou melhor, o culpado. No post de hoje, vou falar de um pequeno deslize no atendimento ao cliente por conta da GOL.

Quem lê meu blog, pode ter visto meus elogios ao browser Mozilla Firefox, que hoje comanda algo como 1/3 de todas as navegações pela internet. Claro que o tradicional Internet Explorer, da Microsoft, ainda é dominante, por uma boa margem, sobrando umas rebarbas para os demais, incluindo o badalado Opera, o preferido pelos nerds, e o Safari, da Apple.

Dito isso, podemos afirmar que, juntos, o IE e o Firefox têm quase que a totalidade das navegações pela internet, logo os principais sites de comércio eletrônico deveriam funcionar com os dois navegadores. Certo? Errado!

Aqui no Brasil, quem viaja (ou tenta viajar) de avião, também tem como opção principal uma das duas maiores empresas aéreas brasileiras, a GOL e a TAM. Se contarmos a VARIG, comprada pela GOL, temos mais de 90% dos vôos domésticos operados por esse quase duopólio.

Então, juntando a maioria dos internautas com a maioria dos voadores de avião, uma afirmação lógica seria que você pode comprar suas passagens e fazer seu check-in pela internet usando ao menos o IE ou o Firefox. Ou, em último caso, o site deveria ter um aviso explícito que ele é "compatível com IE 5.0 ou superior" ou algo assim.

Pois bem, se você comprou uma passagem na GOL pela internet, e tentou mudar o itinerário ou fazer check-in pela mesma via, é bom ter o IE instalado, ou você vai perder um monte de tempo à frente de seu computador. Pior, se você tentar o chat on-line com os atendentes, eles não vão saber te dar a resposta adequada.

Fim da picada? Não necessariamente. Mas é um fio da meada para tentar demonstrar que, nessa confusão toda que vivem os sofridos passageiros brasileiros, algumas pequenas atitudes podem ser tomadas pelas empresas aéreas para minorar seu sofrimento. Facilitar o check-in pela internet é uma delas.

Com a palavra a GOL Transportes Aéreos.

Friday, June 29, 2007

Chegou o iPhone!

Chegou o iPhone... Lá nos Estados Unidos, hoje. Vendo as imagens da internet e da TV, as filas até pareciam as daqui, quando tem um grande show, ou do pessoal esperando atendimento do INSS na madrugada...

No dia 16 de janeiro, eu falava da magnífica apresentação do Steve Jobs, no Apple World, quando ele anunciou o iPhone e dizia que em junho estaria no mercado.

Pois é, ele está no mercado... americano. Quem quiser ter uma degustação, é só ir no site da Apple, em inglês, e passear pelas funcionalidades dessa nova maravilha da tecnologia.

O iPhone, por enquanto, pode ser comprado nas lojas da Apple, pela internet ou via AT&T Cingular, que tem a exclusividade de venda e habilitação. Um plano é de US$ 400 mais um contrato de 2 anos. Tem outro de US$ 600, mas tudo lá nos States. Há previsão de que o iPhone chegue ao Japão e a países da Europa no início de 2008.

A Apple imagina vender 10 milhões de iPhones em 2008. Pode ser, mas, com a limitação de operadoras e a tecnologia proprietária radicalmente diferente, para chegar a esse número é preciso haver o convencimento de uma substancial parcela de compradores que estejam dispostos a pagar uma quantia razoável de dinheiro para ter seu iPhone.

Possível? Claro! É só repetir o script do iPod. E esperar que a concorrência não reaja com produtos à altura.

Que o iPhone é uma ruptura com relação a tudo que já vimos em termos de telefone celular, não há dúvidas. Que é muito mais do que um telefone, idem. Que o Steve Jobs tem o condão mágico da inovação, as provas abundam. Mas existem fracassos também.

O fato é que a Apple joga todas as suas fichas no tal aparelhinho. Dará certo? Ninguém pode prever com certeza.

Eu, particularmente, daqui do Brasil, sem perspectiva de ter um iPhone num futuro próximo, torço que sim. É um conceito novo na área de comunicação pessoal e entretenimento que deve facilitar a vida de seus usuários. E tomara que chegue nossa vez, o mais rápido possível...

Wednesday, June 27, 2007

Pirataria, Spyware, Hoaxes e Afins

No último dia 25/06/2007, o site Cocadaboa postou uma notícia que, para os desavisados, soava como uma ameaça real. Segue a matéria:

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Brasileiro é multado ao entrar nos EUA com MP3 ilegais

A nova resolução de combate à pirataria no departamento alfandegário americano já fez a sua primeira vítima brasileira. O advogado Evandro Correia foi multado em 3 mil dólares por tentar entrar nos Estados Unidos com arquivos de música copiados ilegalmente.

Evandro levava em sua mala 5 CDs com arquivos MP3 baixados em redes de compartilhamento como o Kazaa, Soulseek e Emule. Mesmo tentando alegar que as músicas seriam para uso pessoal, o advogado não conseguiu comprovar que havia pago os direitos autorais para cada faixa gravada em seus CDs. Esta fiscalização alfandegária faz parte do novo esforço da RIAA
(associação das gravadoras americanas) para combater violações de direitos autorais que
estejam ocorrendo fora do território americano. "Nos Estados Unidos, contamos com o Digital Millennium Copyright Act's (DMCA), que nos possibilita processar qualquer pessoa que tenha feito download ou que possua arquivos de música pirata em seus computadores. Infelizmente os acordos anti-pirataria internacionais não vêm sendo respeitados e ainda não conseguimos processar indivíduos em outros países", declarou Mitch Bainwol, CEO da RIAA. "Mas ao fiscalizar a entrada de estrangeiros nos EUA impedindo o ingresso de arquivos ilegais, mandamos uma mensagem contundente para a comunidade internacional", conclui.

A restrição vale para qualquer obra áudio-visual que não tenha sido adquirida por vias legais. Os fiscais alfandegários realizam buscas em CDs, cartões de memória, dispositivos de áudio portáteis (MP3 players) e notebooks que estejam ingressando em território americano. Munidos de um software especial, eles podem realizar uma varredura automática e identificar qualquer arquivo suspeito em poucos minutos sem comprometer a privacidade dos dados do viajante.

A multa padrão estipulada pelo DMCA é de 100 vezes o valor de cada arquivo ilegal identificado, o que em alguns casos pode chegar a centenas de milhares de dólares. Mas para evitar um processo demorado, na maioria dos casos a RIAA oferece um acordo extrajudicial e dá a opção da multa de 3 mil dólares para não prestar a queixa. "Achei melhor optar por esta opção, pois o prejuízo financeiro poderia ser bem maior. E responder a um processo dificultaria minhas futuras requisições de visto para os EUA", disse Evandro"
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A nota me foi repassado por uma fonte confiável, séria, sem fazer menção ao Cocadaboa. O nome do CEO da entidade das gravadoras, a RIAA estava correto, assim como alguns detalhes de medidas anti-pirataria que as autoridades alfandegárias americanas estão começando a adotar ou pensando no assunto.

Aí, uma busca pelo Google com o título da matéria remete a 8 citações, todas ligadas ao Cocadaboa que, ao final de sua página principal, dizem "Atenção: Nosso conteúdo é 100% humorístico e/ou mentiroso. Quer nos processar? Boa sorte, estamos hospedados na Eslovênia."

Isso chama-se no linguajar da rede mundial de "hoax", que, por sua, vez, tem um verbete na Wikipedia, a grande e útil enciclopédia virtual da internet, definido como '"embuste" numa tradução literal) a histórias falsas recebidas por e-mail, cujo conteúdo, além das conhecidas correntes, consiste em apelos dramáticos de cunho sentimental ou religioso, supostas campanhas filantrópicas, humanitárias ou de socorro pessoal ou, ainda, falsos virus que ameaçam destruir, contaminar ou formatar o disco rígido do computador'.

Mas... e se fosse verdade? Ou, colocado em outra forma: Pode ser verdade algum dia? O fato é que a guerra entre as distribuidoras tradicionais de conteúdo protegido por direito autoral, aí incluidos livros, música, vídeos, filmes, e afins e os consumidores, agora poderosamente armados com esse fenômeno chamado internet está esquentando, e bem longe de acabar.

Discutindo o tema com a nossa âncora, Maria Rafart, ela escreveu: "essa questão da pirataria... Hoje (25/07), por exemplo, um artigo da Folha, na 1a. página da Ilustrada, fala sobre o retorno do Police... Voltaram porque não se vendem mais discos, e precisam fazer shows para sobreviver...".

Um grupo como o Police está catando trocos em shows por não poder viver de direitos autorais, ou a concorrência está grande a ponto de a galera fiel não se lembrar mais deles?

De outro lado, na era da internet, a indústria do entretenimento nunca faturou tanto, e, neste ano da Graça de 2007, pela primeira vez, a venda de músicas pela internet vai gerar mais receita do que pelas mídias convencionais, CD à frente.

Chamam o download via sites como o kazza, e-Mule e similares de pirataria e, em princípio, todos os participantes dessas redes ponto-a-ponto , seja quem disponibiliza conteúdo, seja quem baixa para si ou para terceiros, na maioria dos países -Brasil incluído- está tecnicamente quebrando leis locais e internacionais, logo sujeitos a um dia ter um problema judicial.

Além disso, sabemos de casos complicados de incautos internautas que estão passeando por sites interessantes e que acabam copiando um arquivo que chamaram a atenção ou foram recomendados e... lá vem virus ou spyware ou similares.

Ontem, 26/07, a polícia desbaratou uma quadrilha que capturava senhas e dados pessoais de internautas e fazia saques em contas bancárias, sempre em valores pequenos, para não dar bandeira. Mas num período não muito grande, acumularam cerca de R$ 200 milhões, segundo estimativas iniciais.

E daí?

Isso é um tema para muitas discussões, não só de um post em um despretensioso blog. Mas algumas reflexões podem ficar:

  1. É preciso cuidar dos acessos que fazemos na internet
  2. É fundamental estarmos com os computadores protegidos por anti-virus, anti-spyware, anti-adware (anúncios), enfim, contra tudo que é malware, ou malvadezas da internet
  3. Devemos cuidar em não propagar hoaxes, como fez esse meu amigo, inadvertidamente. Isso é fonte de dor de cabeça e até de problemas mais sérios
  4. As leis vão ter que mudar... Elas estão obsoletas e, além de não protegerem o autor, inibem a disseminação da arte e do conhecimento. Mas esbarram em interesses fortíssimos do establishment e de legisladores que não entendem o fenômeno da internet. Será que mudam a tempo?
  5. A internet elimina muitas camadas de intermediação. As distribuidoras são um desses canais, hoje ainda muito forte, mas que já não têm a mesma importância logística e econômica

Que mais? Vamos pensar, gente, pois aqui está um tema central para as mudanças de paradigmas, de conceitos e de maneiras de se comunicar, de ganhar e de gastar dinheiro.

E se um dia essa notícia do Cocadaboa virar realidade, com algumas variações... Será???

Tuesday, June 19, 2007

Doação de Computadores

Vários ouvintes do 91 Minutos nos perguntam sobre entidades que recebem computadores usados em doação, e que possam dar-lhes uma destinação útil. Existem várias, mas, dentre elas, a mais atuante é o Comitê para a Democratização da Informática (CDI).

O link vai direto para a seção paranaense do CDI, mas, não se assustem: essa organização atua na maioria dos Estados brasileiros e sua experiência na inclusão digital em comunidades carentes já ultrapassou fronteiras. Assim, se você tem um computador usado, ou quer ajudar até mesmofinanceiramente, vá ao site do CDI-PR, ou diretamente na página que trata das formas de ajuda em http://www.cdipr.org.br/ajuda.php e dê seu apoio!

Sunday, June 17, 2007

Desktop ou Laptop? E a hora é boa?

Volta e meia temos que dar uma atualizada nas dicas de compras de computadores. Como sempre, não vou me arriscar a falar nos importados por vias diretas ou indiretas, nem os computadores montados por empresas pequenas, esses às vezes uma boa pedida na hora da compra, mas nem sempre na hora que você precisa de manutenção ou de comprovar que ele tem peças, partes e software de origem lícita. Também vou me concentrar no usuário doméstico, ou, no máximo, no profissional autônomo, no estudante e no dono de uma micro empresa. Para soluções corporativas, o raciocínio é completamente diferente.

O mês é junho, o ano 2007, passado o Dia dos Namorados, sem nenhuma promoção de data antes de agosto, no Dia dos Pais. Pechinchas? Novas plataformas? Com certeza!

Esse ano de 2007 as vendas de computadores pessoais no Brasil devem superar, com alguma folga, a marca de 10 milhões de unidades. E, pela primeira vez, siperam também o número de televisores vendidos! É marca que merece ser celebrada, pois, definitivamente o computador entra na cesta de consumo do brasileiro médio, e as vendas vêm crescendo mais rápido exatamente nas faixas C e D da pirâmide de consumo, exatamente aquela parcela da população que ingressa em seu primeiro computador doméstico, incorporando-o à cesta de produtos eletroeletrônicos que já incluem o televisor, o DVD, a geladeira, o forno de micro-ondas e outros tantos.

Mas computador é acesso ao conhecimento, e, outro marco: 2007 exibirá em algum dia do segundo semestre uma quantidade de acessos por banda larga maior do que o de acessos discados.

Então vamos lá: a faixa de micros abaixo de R$ 1.000,00 está bem sortida, embora estejam com uma configuração bem básica, tipicamente 256Mb d memória RAM, HD de 40GB, um processador Celeron não muito rápido, placas Fax/Modem e de rede, e um monitor básico de 15" de tubo. Como essas máquinas têm um financiamento a juros camaradas, é uma opção para quem está chegando e mesmo para quem pensa em um segundo ou terceiro micro, só para navegar na internet, sem maiores pretensões, e executar programas comuns de edição de texto, planilha, etc... Aliás, esses programas estão cada vez malhores no Google Docs & Speadsheets, a nova incursão do gigante de busca na seára da Microsoft. O sistema operacional da quase totalidade dessas máquinas é o Linux, em algumas de suas distribuições mais conhecidas no Brasil.

No intervalo de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00 aparecem alguns desktops bem razoáveis, com razoável capacidade multimídia, alguns até com o novo -e já razoavelmente estável- Windows Vista, mas na sua versão básica. Também no topo dessa faixa você encontra os primeiros notebooks (eu prefiro o nome laptop...)

Para quem quer um desktop com mais capacidade em disco, um processador rápido para aplicações de áudio ou vídeo vai começar a ter opções interessantes na faixa imediatamente superior, de R$ 2.000,00 a R$ 3.000,00. Dá para ter máquina com o Windows Vista Home Premium, que tem os recursos do Media Center, que eu particularmenet acho que será uma das principais ferramentas de integração do computador com seu centro de entretenimento doméstico, que incluirá a distribuição de áudio e vídeo pela casa, a captura, organização e tratamento de arquivos de sua câmera fotográfica ou de sua filmadora digital, e um monte de outros brinquedinhos úteis. Não espere nada de excepcional nessa faixa para games, onde você percisará de muito processador, muita memória e sobretudo, uma placa de vídeo com boa velocidade e boa memória dedicada. Aqui você acha uns laptops bem jeitosos, já não tão pesados e bem razoáveis para utilização "na estrada". Mas ainda serão máquinas provavelmente com Windows Xp (que dura bem por mais uns 2 ou 3 anos, sem medo de ficar desatualizado), e não terão toda a memória e capacidade de arquivamento em disco para aventuras muito mais sofisticadas. mas é aqui que se concentrarão as melhores ofertas, ao menos até o Natal, em termos de preço/performance.

Agora vamos ampliar a faixa, de R$ 3.000,00 a R$ 5.000,00, pois a partir daqui que começam a variar bastante as configurações, tanto de computadores de mesa como os portáteis. O modelitop básico do Macintosh, o Mini, surge aqui, com seu design limpo e uma capacidade de demonstrar boa parte do diferencial dessas máquinas sobre as demais. No segmento dos desktops, uma boa pedida são máquinas com Windows Vista Home Premium, que tem todas os recursos de multimídia do novo sistema operacional da Microsoft. A memória mínima é 1GB, sendo 2Gb uma boa pedida para aumentar sua vida útil, com os programas que vêm por aí. Provavelmente você consegue configurar um desktop parrudo com um monitor LCD de 17". Não pense em nada menos do que 17" para um monitor de cristal líquido, e cuide para que tenha bom contraste e tempo de resposta o menos possível (2ms é a o tempo ideal, 5 ms é bem aceitável). Se puder encaixar um monitor de 19" widescreen (formato 16x9, como nas telas de cinema), você vai poder ver os DVDs mais recentes em formato cinema. Aliás, essas máquinas deverão vir com leitor/gravador de CD e DVD, e uma boa capacidade de disco, maior que 120GB. É bom que essas máquinas tenham muitas portas USB 2.0, uma ou duas "firewire" e também saídas para conexão em televisores de tela grande, para poder ligar quase todos os tipos de engenho digital. É nessa faixa também que você compra micros que servem também para gravar no HD seus programas prediletos da TV. Os laptops nesse intervalo são os mais vendidos, e começam a ficar bastante rápidos e versáteis de modo a poder até substituir um desktop. E, dependendo de suas atividades e das pessoas que o cercam, pode até mesmo substituir mais de um desktop, uma vez que ele vai junto com você, da casa para o trabalho, para a universidade, para a viagem. Esses laptops deverão ter um mínimo de 1Gb de memória e capacidade de conexão a redes sem fio, padrão WiFi.


Para cima de R$ 5.000,00 aí tem de tudo, a coisa pode ir até R$ 20.000,00 ou mais. Aqui você encontra tudo que é do mais sofisticado, mas o benefício resultante em função do custo só vai justificar essas máquinas para aplicações muito específicas ou se seu objetivo for usar o poder da griffe dessas máquinas maravilhosas. O Macintosh que tem a CPU embutida no monitos é um belo exemplo de design e funcionalidade, mas vai custar, na versão 19" wide-screen algo próximo de R$ 9.000,00. Aqui aparecem desktops da HP, da Dell, da Itauec, da Positivo, mas ultra-configurados, , praticamente para cada necessidade, vai existir uma configuração específica. É fácil aqui gastar R$ 1.000,00 para uma placa de vídeo incrementada que só vai servir se você for um "gamer" profissional ou se tiver um escritório doméstico para produção de áudio ou vídeo de qualidade para disputar um festival de cinema ou de publilcidade. E, salvo se você for do ramo, só vale a pena colocar incrementos de configuração se você efetivamente for precisar de características muito especiais. Num extremo, você pode acabar montando o equivalente a uma carreta pesada com o desempenho de uma Ferrari. Aliás, existem máquinas com assinatura de Ferrari, Prada, e outras marcas sofisticadas, especialmente os laptos. Mas gastar uma grana preta em uma máquina que tem algum diferencial, mas que você fica gelado cada vez que tem que carregá-lo pela cidade ou num aeroporto, será que vale a pena?

Resumindo: o momento para trocar seu computador, em qualquer segmento, seja ele de mesa ou portátil, é muito bom. A consolidação da plataforma Windows Vista, a sobrevida por uns bons anos do Windows Xp, a estabilidade do Linux e dos aplicativos de software livre, o charme das máquinas da Apple e, sobretudo, um dólar barato e taxas de juros ainda indecentes, mas já mais civilizadas, fazem com que você tenha um vasto leque de ofertas, limitado apenas a seu bolso e à sua capacidade de sonhar.

Download de Vídeos da Internet

Existem, sim, formas de baixar vídeos da internet de sites como o YouTube, MySpace, GoogleVídeo e outros mais. Não são formas rotineiras, e requerem um pouco de atenção. Um que vem resolvendo a questão é o VDownloader, já em sua versão 0.5, e produzida pelo professor Enrique Puertas da Universidad Europea de Madrid.

O VDownloader é uma idéia interessante, que vai ajudar a quem quer aquele vídeo "precioso" armazenado em seu computador. Existem outras opções, mas, na maioria dos casos, são programas pagos e sofisticados, ou então não têm uma fonte reconhecida.

Como neste caso a fonte vemde um professor de TI de uma renomada universidade européia, resolvi testá-lo, com os devidos cuidados, e o resultado não desapontou.

Você precisa ir a http://www.vdownloader.es/ e clicar no botão correspondente. Os arquivos que serão baixados deverão estar em uma pasta .zip, que você deverá extrair e copiar em uma pasta específica de seu computador, como VDownloader, por exemplo. Como são programas executáveis, é melhor guardá-las em uma pasta a ser criada na "Arquivos de Programas", se você tiver o Windows em Português.

A coisa funciona assim: Cada vez que você quer baixar um vídeo dos sites suportados (veja a lista abaixo), você deve abrir a tela principal do VDownloader e copiar o endereço da página do vídeo que lhe interessa e aí o VDownloader vai armazená-lo na pasta que você designar e com o nome que você quiser.

Como ele suporta os formatos de vídeo mais populares da praça, você não deve ter problemas para guardar aqueles vídeos que sempre você pensou em ter.

Mas atenção: é um programa amador, sem nenhuma garantia explícita ou implícita! E ele não inibe o download de arquivos que possam conter cenas de pornografia, de vídeos protegidos por leis de direito autoral. Os sites mais populares -exatamente o alvo do VDownloader- também vão fazendo melhorias de proteção para que esses programas "chupa-cabra" deixem de funcionar. Assim, não se assute se hoje o VDownloader estiver funcionando e daqui a alguns dias, puf!! Parou... Aí é aguardar uma nova versão e seguir em frente.

A criatividade do Professor Enrique Puertas pode ser também checada em seu blog, que está em espanhol, mas é fácil de entender.

Abaixo os portais suportados para download na data deste post e para a versão 0.51.

Boa sorte, e cuidado para não baixar lixo, virus e material protegido por lei!

Como o processo de instalação do VDownloader é um pouquinho mais complicado do que simplesmente baixar o programa da internet, recomendo aos neófitos que busquem ajuda de algum especialista, para evitar problemas.
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VDownloader permite que você baixe vídeos do Youtube, Google Video, Metacafe, MySpace, DailyMotion, e muitos outros sites similares, salvando-os nos formatos AVI ou MPG.








Sites suportados*:

· Youtube
· Google Video
· DailyMotion
· MySpace
· Stage6 DivX
· Porkolt
· Metacafe
· Break.com
· 123 Video
· Bolt
· VSocial
· Lulu TV
· Guba


* Para a lista completa, vá a http://www.vdownloader.es/

Sunday, June 10, 2007

Segurança na Comunicação Via Internet e Telefone

É recorrente a dúvida entre usuários em geral e entre os ouvintes da Comunidade 91 Minutos: Quão segura é a comunicação via internet ou via telefone?

Vamos começar pelo fim: não existe comunicação 100% segura. Os hackers estão sempre um passo à frente, os procedimentos de segurança das operadoras contêm vulnerabilidades, os pontos de acesso são muitos, seja na internet ou em uma rede de telefonia celular ou fixa.

Soltam "pum" inconseqüente os que dizem que "a tecnologia GSM é invulnerável" ou "o Linux é muito mais seguro que o Windows".

Aqui nem entro no mérito das "inseguranças" vividas por alguns personagens que, por ordem judicial, têm suas comunicações interceptadas por modernos equipamentos das Polícias Federal ou Estaduais. Isso ocorre de forma estrita dentro da lei, e não tem a ver com vulnerabilidade de redes.

O que vale destacar é que existem muitos processos de interceptação clandestina, seja feita por agentes internos ou externos ao seu círculo de conhecimento.

Aliás, se o ponto é ficar preocupado, é bom saber que a grande maioria das quebras de segurança de comunicação telefônica ou pela internet acontecem dentro das empresas, e, na maioria dos casos, feita por colegas de trabalho. Você já pensou que seu "inimigo" pode estar na mesa ao lado? Calma, sem neura... A coisa pode não ser tão séria, nem se aplicar a você ou a sua empresa. Mas, os melhores e mais confiáveis dados estatísticos sempre cravam cerca de 1/3 das violações ilegais ou fora de regras socialmente aceitas ocorrem no ambiente de trbalho. Os outros motivos -que são dezenas- ficam por conta dos demais dois terços.

Pois é, então, vamos tomar mais cuidado? Dedilhar senhas com gente olhando, criar um arquivo eletrônico ou de papel com a lista de senhas, deixar o celular desbloqueado ou emprestado a terceiros são as maiores brechas na sua segurança individual. Alguém vestiu a carapuça?

Outra porta de vulnerabilidade: os computadores públicos, especialmente os de lan-houses, sem contar os de hotéis, salas de espera de aeroportos, os da faculdade... Programs espiões estão lá mesmo para capturar seus segredinhos...

E o telefone: o GSM é mesmo mais seguro que o CDMA? Balela! Ambos são igualmente seguros ou vulneráveis. As barreiras tecnológicas são boas, em ambos os casos, o que os torna suscetíveis a grampos, ou a vazamento de informações, é a forma de uso e o cuidado com o aparelho quando não em uso. Mandar torpedos aos milhares implica em fazer um número muito grande de pessoas saber seu número e seus hábitos.

Não custa lembrar que, ao nos dispormos a estar conectados, por telefone ou pela internet, estamos abrindo portas de duas vias. Mas são milhões de portas, a cada conexão que fazemos. Daí os procedimentos de segurança que são necessários, especialmente no uso de dispositivos de acesso à internet.

Se existisse um modo totalmente seguro de conexão, ele valeria bilhões, e, no dia seguinte, já existiriam modos de burlá-lo. Essa é a regra. Para sempre, ou ao menos dentro de um prazo razoavelmente largo, de tal modo a justificar pequenas mudanças de hábito.

Aqui no blog e no 91 Minutos já comentamos várias vezes -e com mudanças de tecnologia- sobre formas de minimizarmos riscos. Esse não é o propósito do post de hoje. O que precisa ser claro é que, de fato, não existe modo 100% seguro de nos comunicarmos por telefone ou pela internet. Existem modos mais seguros e modos menos seguros. Adotar os modos mais seguros é mais uma questão de hábitos e atitudes do que de dispositivos tecnológicos.

Sunday, June 03, 2007

Troca de Arquivos na Internet: É Legal, É Ético, É Século 21?

Seguindo a rota da semana passada, quando comentamos bastante os trocadores de arquivo, recebi muitos comentários com prós e contras sobre essa prática disseminada mundo afora.

Afinal: É legal usar um programa da internet para ficar trocando músicas com amigos e desconhecidos?

A resposta, como sempre, não é única. Do ponto de vista do arcabouço legal vigente, na maioria dos países -Brasil inclusive- quase sempre é ilegal. Em muitos países, a prática não só é consentida, como às vezes até é estimulada.

Não é ilegal comprar um CD na loja e emprestar a amigos, ou tocá-la em casa ou nas festas, desde que sem fins comerciais. Não é ilegal, também, pegar as músicas desse CD e copiá-la, para uso próprio, em seu iPod ou equivalente mp3 Player.

Da mesma forma, não era ilegal comprar uma fita cassete com músicas gravadas e tocá-las em seu WalkMan, ou nos carros que antigamente tinham toca-fitas.

Misturando cenários, também não podia ser considerado ilegal gravar, a partir de um CD ou outra mídia, uma seleção de músicas -que você já tivesse adquirido- em uma fita ou um CD para ouvir no carro.

Ora, se tudo isso está sob a lei dos direitos autorais, qual o motivo que impede a troca de arquivos pela internet. Qual a lei que vale, a do país de quem abre seus arquivos, as do país de quem copia ou de onde está sediado o provedor do programa de troca?

De outro lado, é preciso assegurar minimamente os direitos do autor, que ele ganhe pelo produto de seu trabalho intelectual. Perfeito! Mas, sem querer dar desculpas a quem pega e não paga, será que os valores arrecadados pela venda de mídia gravada chegam aos autores, de forma justa e sem excessões? Claro que não... Essa é uma briga que dura décadas e, quem conhece, sabe bem que a máquina de arrecadação de direitos autorais é, em todo o mundo, centrada na auto-alimentação e no pagamento a alguns privilegiados.

Então, em função disso, vamos ignorar as leis? Não creio que seja o caso, mas dá para prever uma nova ordem no mundo dos direitos do autor, exatamente por causa da internet.

É possível antever um dia em que a compra de uma faixa musical seja feita diretamente com o autor, sem intermediários, possibilitando que o caminho entre a garagem e o megaevento seja bem mais curto para uma boa banda de rock.


Da mesma forma, é razoável supor que muito mais gente estando habilitada ao sucesso, o valor médio da retribuição seja menor, e, portanto, acessível a uma quantidade muito maior de consumidores.

Claro que esse raciocínio vale também para vídeos e para livros. É a possibilidade da democratização do acesso que a internet proporciona.

Mas as leis... as leis foram feitas antes da internet, em um modelo consolidado que prevê tutores -as distribuidoras- tomando conta dos autores e dizendo o quê, quando, aonde e de que forma a arte é comercializada.

Quando essas leis começarem a ser modificadas para atender à realidade da internet, muitas das práticas hoje consideradas piratas poderão até ser louvadas como inovadoras, como forma de sisseminação de cultura.

Aliás, muitos talentos já abriram suas obras na internet antes mesmo de gravarem um CD, um DVD ou de publicarem um livro, como forma de disseminar e ganhar adeptos. Esse é, não por acaso, o princípio da Web 2.0, onde portais como o YouTube ganham valor da noite para o dia exatamente por propor o novo, o aberto, o democrático.

Enquanto as leis não se modificam, no entanto, devemos cuidar para não sermos flagrados burlando as regras atuais, que, embora sejam injustas e obsoletas, são as regras do jogo.

O melhor modo é, ao entrar nesses sites que permitem a troca de arquivos, assegurar-se da sua idoneidade, entender bem o "Termo de Adesão" e jogar de acordo com as regras. De outro lado, usar a internet para pressionar os legisladores a rapidamente adaptar as regras do direito autoral à realidade da internet, e usar todo seu potencial para criar vastos e novos mercados a tantos talentos que hoje ficam no limbo, ao mesmo tempo assegurando a todos os conumidores o direito da escolha, com produtos de qualidade, a preços justos.

Todos ganham, ou alguém duvida?

Sunday, May 27, 2007

Bons Programas Grátis IV - Compartilhamento de Arquivos

Tudo começou ainda na década de 90, com o conceito lançado pelo Napster, que disseminou o conceito de "Peer-to-Peer" (P2P) e rapidamente angariou milhões de usuários que disponibilizavam suas músicas em mp3 ou wma e, ao mesmo tempo, podiam acessar as bibliotecas de músicas de todos os assinantes do serviço.

Na esteira do Napster, surgiram muitos outros serviços. Seu sucessor legítimo de 2a geração foi o Kazaa, criado por 2 jovens escandinavos,
Janus Friis e Niklas Zennstrom, os fundadores do Skype, que permitiu uma revolução na telefonia, ao popularizar o protocolo internet (IP) para a telefonia e colaboração gratuitas ou a preços irrisórios. Agora, essa dupla avança para o compartilhamento de vídeos, com o Joost, que deve ser lançado no mercado, para o público em geral, neste mês de junho.

Tudo isso está na esteira do que se convencionou chamar de Web 2.0, ou a internet da banda larga, que permite o compartilhamento e a colaboração entre internautas.

Hoje em dia, temos milhares de portais e programas que facilitam a troca de arquivos de dados, de imagens (vídeos e fotos) e sons, estes últimos os mais disseminados. Claro que a briga original das distribuidoras em favor da preservação de direitos autorais obrigou a esses serviços a colocarem restrições para a troca de arquivos, ou de deixar abertos os registros de quem faz essa troca, para que, no futuro, esses direitos possam ser cobrados tanto de quem abriu seus arquivos, como de quem copiou.

Assim, antes de comentarmos sobre alguns programas que estão na moda hoje em dia, recomendo que você leia os termos e condições de uso, antes de aceitar e fazer qualquer registro nos sites ou começar a compartilhar arquivos.

Outra dica importante: não entrem em sites obscuros, que não tenham fortes referências! Você pode estar sendo 'hackeado' sem saber! E, claro, mantenha seus programas anti virus, spy, spam, ad, e outros sempre atualizados, na versão mais recente e todos eles ativos.

Vamos a eles... Os originais Napster e Kazaa continuam vivos, mas o primeiro impõe fortes restrições a quem não seja cidadão norte-americano e o segundo está bem limitado em suas funcionalidades, e tem alguns spywares inconvenientes.

Hoje em dia, talvez o mais popular protocolo para troca de arquivos seja o BitTorrent. Quase 200 milhões de downloads e a sua robustez e confiabilidade asseguram ser uma boa pedida. Na sua esteira, surgem alguns compartilhadores como o BitComet ou o livre Azureus, ambos no topo da lista.

Outro famoso foi o eDonkey, retirado da internet por força de ações legais, mas criou alguns filhotes populares, o eMule, disparado, o mais conhecido. Se você entrar hoje no eDonkey, vai ver o seguinte aviso:

The eDonkey2000 Network is no longer available.

If you steal music or movies, you are breaking the law.

Courts around the world -- including the United States Supreme Court -- have ruled that businesses and individuals can be prosecuted for illegal downloading.

You are not anonymous when you illegally download copyrighted material.

Your IP address is (seu endereço IP no momento) and has been logged.

Respect the music, download legally.


Isso, traduzido, significa quase nada, salvo que seu endereço IP foi catalogado para uma eventual futura ação contra você, mas indica que há um esforço organizado de combate à pirataria, o que não quer dizer que todas as trocas de arquivo na internet sejam ilegais.

Mas, voltando aos programas de troca de arquivos, o Shareaza é versátil, por suportar as redes mais populares, o eDonkey2000, BitTorrent e Gnutella e seus descendentes.

Ainda na linha do Gnutella, o LimeWire é talvez o mais veloz de todos, e tem, de forma clara, as regras do que é legal, o que é claramente ilegal e o que pode ser uma furada. A dica do LimeWire veio ao 91 Minutos através de nossa internauta-ouvinte Allexandra, de Belo Horizonte. A ela, nossos agradecimentos...

Mas pode ser que você queira montar uma rede P2P particular com seus amigos. Aí, talvez a melhor opção gratuita na web seja o Grouper, ainda em fase Beta. Essa rede que você cria vai ser acessível somente a pessoas autorizadas, embora não deva ser imune a hackers. Mas é uma boa ferramenta!

Numa dessas, seu problema de compartilhamento de arquivos resume-se, por exemplo, a contatos de sua lista de endereços, ou sua agenda de compromissos, seja entre colegas de trabalho ou a turma da balada. Aí, um campeão é o AirSet, que é bem simples de usar e faz com que seu grupo tenha sempre as mesmas informações comuns. Isso, em tempos de mudanças freqüentes de endereços de e-mail, de número de celular e outros tantos, pode fazer a diferença entre achar ou não aquela pessoa especial.

Vamos fechar o post de hoje com um pouco de filosofia sobre o tema "pirataria", já que não vamos conseguir esgotar o tema dos programas de compartilhamento de arquivos. Talvez a maioria de nossa audiência seja capaz de elaborar uma lista melhor ou mais completa, ou, no mínimo, mais simpática. Nada a opor, isso é a democracia da internet, que respeitamos e achamos que é um divisor de águas no mundo do conhecimento.

O que está mudando, na verdade, é o processo de disseminação de músicas, de vídeos, de fotos, antes centralizados em ordens, sociedades e organizações, muitas delas extremamente válidas na era pré-internet. As leis e regulamentos foram feitas também sem ter a internet como um veículo insubstituível.

De outro lado, essa estrutura do século passado também foi -e é- elitista, na medida em que privilegia quem controla, raramente quem produz. Creio firmemente que essa força da internet vai encontrar um meio termo ideal para todos, ou quase todos. Devem perder, na nova ordem, os intermediários que pouco agregavam valor ao processo. Ganham os que tinham dificuldade de ingressar no clubinho fechado e, sobretudo, ganham os que podem ter acesso a essa quantidade imensa de conteúdo digital. Arriscaria dizer que não há como voltar atrás. Recentemente, os grandes da música vendida pela internet -a Apple e a Microsoft- imprimiram o conceito do DRM "Digital Rights Management", que, em tese, impede de você copiar um arquivo protegido por direito autoral de um dispositivo para outro. Mas hoje, como muitos de nós temos mais de um dispoositivo para registrar e ouvir música ou ver imagens de foto ou de vídeo, não é viável economicamente impor essas restrições. Parece que já há uma tendência em eliminar esse famigerado DRM e tentar ganhar no volume, na qualidade, na rede viral que é a internet, que permite disseminar conteúdo em uma escala nunca antes imaginada, a custos irrisórios.

No conceito da Web 2.0, o importante é ter escala de um determinado conteúdo, a custo zero. Se a coisa vira sucesso, é possível então cobrar por uma disseminação mais completa, de maior qualidade. Ou seja, o universo potencial de novas obras de arte passa a ser o universo de internautas, hoje beirando 1/3 de toda a população humana.

As leis de copyright, as restrições impostas, sobretudo de países desenvolvidos, não estão em sintonia com essa realidade.

Os Beatles, o grande fenômenos de comunicação de massa da segunda metade do século 20, seriam diferentes em sua abordagem, se tivessem a internet. Embora com um esquema monumentalmente poderoso de divulgação e distribuição, eles jamais chegaram nem perto de 2 bilhões de pessoas em um só lançamento, em um só dia.

Essa briga toda ainda vai ser resolvida pela midança das leis. Que tornem mais fácil a disseminação de cultura e mais sinples o processo, que permita que os verdadeiros autores sejam beneficiados, e o grande público consumidor, idem.


P.S.: O tema é inesgotável! Ainda não abordamos os programs de comunicação entre pessoas, as redes colaborativas virtuais de trabalho, as redes de educação à distância e muitas outras. No ramos de troca de músicas, existem milhares de programas e sites que estão disponíveis a nós, internautas. Vamos procurar dissecá-los, ao longo do tempo. E também coletar impressões dos nossos ouvintes, sejam eles diretos no rádio de casa ou do carro, sejam os que, em todas as partes do mundo, nos ouvem e colaboram conosco via internet.

Sunday, May 20, 2007

Sobre Critérios de Indicação de Programas Gratuitos

Estamos no meio de uma série de comentários, no 91 Minutos, sobre diversos tipos de programas de computador gratuitos e com boas funcionalidades. É importante aqui deixar claro os critérios de seleção.

Antes de mais nada, falamos de programas gratuítos, os "freeware", que não requerem qualquer pagamento, atual ou futuro, pelo uso. Nâo estão em pauta os programas "shareware", que você pode usar por algum tempo e depois precisa pagar pela licença; também não consideramos os programas piratas, que podem -tecnicamente- ser baixados ou copiados e vão funcionar, mas estão infringindo leis nacionais e internacionais de direitos autorais. Por óbvio, descartamos nesta série os programas pagos, que poderão ser comentados futuramente, junto com os shareware.

As fontes de seleção são as do próprio comentarista, de "dicas" de ouvintes e, também, de avaliações feitas por livros, revistas e sites especializados, visando dar a nossos ouvintes e leitores do blog uma análise a mais completa possível e, ao mesmo tempo, a mais simples de entender.

Evitamos programas que, embora tecnicamente razoáveis ou até mesmo excelentes, sejam complicados de usar ou que tenham uma base instalada pequena, ou mesmo sua origem não seja minimamente comprovada.

A internet oferece hoje -literalmente- milhões de opções de programas gratuitos. Não seria uma análise individual, mesmo com apoio técnico e interação de ouvintes e leitores, que daria a melhor solução para todos, até porque isso não existe.

A diversidade de ofertas, a forma de utilização, as necessidades de cada um e até mesmo o gosto pessoal fazem com que, para cada indivíduo, seja possível montar um leque específico de alternativas que componham "os melhores" programas, a cada caso.

O que pretendemos fazer, aqui no blog e em nossos bate-papos das segundas-feiras, é oferecer uma visão. A mais simples, a mais descontraída, a mais verdadeira, à luz do comentarista, para aquele momento e para a audiência que tanto nos prestigia.

Para melhorar, é importante que recebamos retorno de nossos ouvintes e leitores. As críticas, especialmente, são sempre muito bem recebidas. As "dicas", idem. Todas servem para aprimorar as informações que disponibilizamos a essa nossa tão divertida comunidade do 91 Minutos.

Em todos os casos, as avaliações e recomendações que fazemos não têm qualquer interesse comercial ou financeiro, pois não recebemos "jabá" para avaliação de produtos e serviços desse fascinante mundo digital. Da mesma forma, nossas avaliações partem sempre de uma soma de experiências profissionais e de condições de uso nossas, de especialistas isentos e, principalmente, de nossa comunidade, que, como nós, estão vivendo, em diferentes gráus, os efeitos dessa fascinante revolução tecnológica.

Monday, May 14, 2007

Bons Programas Grátis III - Imagens e Sons

O 91 Minutos de 21/05 aborda alguns bons programas para quem quer tratar, armazenar e partilhar imagens de fotos e arquivos de som.

Começamos pelos programas de organização e exibição de imagens. Normalmente, ao comprar uma câmera digital de fotos ou vídeos, você recebe junto programas para organizar, exibir e, em alguns casos, fazer pequenas edições dos arquivos. A primeira coisa que eles normalmente pedem é o registro do programa, e depois que você permita que esse programa seja o exibidor padrão para seu computador. Eu não recomendo o uso de nenhum deles, pois, embora teoricamente de boa origem, eles são apenas um acessório para ajudar a manter a fidelidade do cliente à marca do produto. Muitas vezes, esses programas deixam de receber atualizações do fabricante, e esse é o motivo principal para você nem instalá-los.

O campeão de audiência e de avaliações para imagens de fotos é o Picasa 2.5, do Google. Com mais de 100 milhões de downloads, é, em sua mais recente versão, muito fácil de usar. Tem uma versão em português muito bem trabalhada. Eu particularmente gosto da maneira como o Picasa organiza as fotos e as exibe, e até mesmo de suas modestas capacidades de edição, que servem para um quebra-galho rápido. A parte de compartilhamento de imagens com amigos é muito interessante.

Para quem quer ter na sua imagem de desktop as suas fotos preferidas, que possam ser facilmente incluidas, alteradas e modificadas mas, especialmente, possam ser exibidas como papel de parede, uma boa opção é o Webshots Desktop, da Webshots. Tem versões Mac e Windows, e é bem fácil de usar, embora ainda não disponha de versão em português. É indicado para quem quer ter suas fotos como elemento principal de decoração e de recordação como um papel de parede dinâmico.

O PreClick Photo Organizer, em sua versão Gold, é bem interessante, com bons recursos de compartilhamento, criação de legendas e de exibições de slides, a partir do computador ou da TV. Também disponível só em inglês. Sua versão paga oferece recursos adicionais, mas não justificam a compra.

Quando chegamos ao mundo do áudio, temos excelentes players no mercado, desde os mais populares Windows Media Player, em sua versão 11, que vem junto com o Windows e a versão grátis do Quicktime, da Apple, são excelente produtos que são bem completos para tocar músicas com qualidade profissional e exibir vídeos em vários formatos. O Winamp é também destaque para quem quer algo independente dos grandes fabricantes e com recursos mais transados, como a grande variedade de "skins", aqueles efeitos visuais que acompanham a música.

Um bom programa para edição de áudio é o Audacity, que tem versões Windows, Mac e Linux. A versão 1.2.6 é bastante estável e mostra muitos recursos de edição de áudio, gravações ao vivo, conversão de fitas e discos analógicos, e arquivos digitais, inclusive entre os formatos MP3 e WAV, os mais usados. É fácil de usar mesmo para amadores que pretendem criar efeitos especiais, cortar, copiar, dividir e mixar sons com qualidade quase profissional, dentre outros.

Para quem domina o inglês, e tem facilidade com o uso de recursos de edição, pode ser uma boa usar a versão 1.3.3 beta, só em inglês, liberada sexta passada, 18/05/2007.

Para quem curte música mas tem dificuldade de entender a letra, e tem o Windows Media Player, o iTunes ou o Winamp uma boa extensão é o Vaga-Lume, que tem milhares de letras de músicas brasileiras, que podem ser baixadas para exibição sincronizada com suas músicas prediletas. O que o diferencia dos outros buscadores de letras existentes é exatamente a disponibilidade de letras de músicas brasileiras. Junto com a letra, o Vaga-Lume mostra foto do artista, se disponível, além de botões que permitem o envio da letra por e-mail ou para impressão.

Sunday, May 13, 2007

Bons Programas Grátis II

Da postagem anterior -que não conseguimos cobrir na nossa hora do 91 Minutos- vieram duas dicas úteis de ouvintes:

A Fabi sugere o Parental Filter para bloquear pornografia e sites indesejáveis da meninada. É realmente um dos mais eficientes, pois tem um poderoso algoritmo para impedir o acesso a sites que contenham palavras-chave, inferências ou convites suspeitos relacionados a pornografia. Também você pde parametrizar para que alguns sites sejam redirecionados a outrs, mais bem comportados. As definições não são tão simples, mas, com prática, você consegue um resultado mais do que aceitável para que a petizada tenha, ao menos, algo mais aceitável para navegar na internet. Na mesma linha, você pode usar o WebAllow , programa que permite você selecionar de uma lista de sites confiáveis, e bloquear o resto. É uma medida exttrema se o convencimento no gogó não funciona mais ou você ainda não encontrou aquele nível de diálogo com a moçada. Eu acho que esse é um último recurso, pois viver no confronto pode não ser a melhor política.

O Misael sugere o YouSendIt como um programa de web-mail que permite o envio de mensagens com anexos de atpe 100Mb, o que é um monte, mas pode ser importante em algumas situações. Está em inglês, o que pode ser uma limitação para os que não estão familiarizados com o idioma de Shakespeare e George Bush... Para quem precisa mais, o jeito é assinar o serviço premium, ou o corporativo, que é pago. Não e um substituto ao seu programa atual de correio eletrônico, mas um bom quebra-galho para quem precisa mandar grandes arquivos, nomalmente hoje enviados em CDs ou DVDs. E precisa de banda larga, ou então vai levar mais tempo e , se a linha for discada, sair mais caro do que mandar a mídia por Sedex.

O Eraser 5.7 é o "borrachão" que todos deveriam usar, para apagar definitivamente arquivos que, por um motivo ou outro, não deveriam mais estar no seu hard disk. Muitos não sabem, mas deletar um arquivo do disco, ou mesmo mandá-lo para a lixeira, não fazem o apagamento físico dos dados. Qualquer um que entenda um pouco de informática, usando inclusive uma série de programas gratuitos pode farejar aqueles dados que você nunca mais quer ouvir falar. Esse é simples, seguro e eficaz. Só que, pelos mesmos motivos, se você apagar um arquivo com o Eraser 5.7 e depois se arrepender, babáu! Dançou, cara!!

Você tem aquele monte de senhas compicadas que não consegue lembrar, ou então as guarda em um arquivo Word ou meso numa cadernetinha? Isso é um problemaço, se alguém acessa ou, pior, se você perde a referência. O Access Manager, tem uma interface bem agradável, embora perca um pouco para os programas profissionais, pagos. mas aqui nesses posts de programas grátis, a ênfase é num mínimo de eficácia com zero de prejuízo para seu bolso. Como usa criptografia de 256 bits, é muito difícil de quebra as senhas. Ele permite você salvá-las em seu pen-drive, o que dá uma boa mobilidade para você usá-las, por exemplo, quando viaja e tem que acessar dados de computador público. Mas cuidado: esses pen-drives estão cada vez menores e sujeitos a perdas e furtos. Assegure-se de ter uma cópia em outro lugar, só para tranquilidade sua.


Sunday, May 06, 2007

Bons Programas Grátis

Abaixo uma relação de programas úteis que podem ser utilizados pelos internautas, especialmente pelos ouvintes do 91 Minutos.

Começamos pelo Google Docs And Spreadsheet. É um conjunto de aplicativos de escritório, extremamente potentes, que substituem, na maioria dos casos, os tradicionais Word e Excel. Com a vantagem de ficarem nos servidores do Google, tanto o programa quanto os arquivos. Você pode usá-lo a partir de qualquer computador com acesso à internet, assim como pode usufruir das funcionalidades de colaboração, o que permite que várias pessoas -autorizadas, claro- possam trabalhar simultaneamente em um documento, como, por exemplo, aquela proposta inadiável a um cliente estratégico, quando as pessoas envolvidas estão em lugares diferentes.

O lado dark é que você vai estar aderindo a um serviço dentro das condições do Google, que pode conhecer seus hábitos de navegação e enchê-lo de anúncios de produtos e serviços correlatos. Nada que seja tão sério ao ponto de deixar de usá-lo, mas recomendo que os arquivos, além de residirem no Google, também sejam salvos em seu computador ou em um pen-drive, por segurança.

Ainda na família Google, destacaria os badalados Google Earth e Google Maps. No primeiro, você tem visões da geografia de todo o mundo, alguns em alta definição, como São Paulo, Rio, Brasília e quase toda Curitiba. Nos Estados Unidos, muitas cidades (New York é campeã) possuem vistas em 3D e lá você pode localizar restaurantes, hotéis, teatros, enfim, tudo que a cidade tem a oferecer, e ainda reservar e comprar os bens e serviços. No Google Maps, você tem mapas detalhados de ruas das cidades, inclusive com mão e contra-mão, estradas locais, inter-estaduais e internacionais. É excelente para quem quer se deslocar e organizar seus trajetos.

Por razões óbvias, não são perfeitos. Especialmente em zonas de fronteira, existem cidades com localização errada, como Dionísio Cerqueira, SC, que para o Google, está na Argentina. Mire, muchacho...

Ainda destacando o Google, o GMail para webmail é o melhor da internet no momento. Você precisa mais de convite, apenas de possuir uma conta no Google. E o sempre onipresente entre os internautas brasileiros, o Orkut, a maior comunidade de relacionamento no Brasil.

Em matéria de blog, o Blogger é o mais popular. Se você não tem, faça um. O tutorial é bem explicado, em português, e serve para você se comunicar, postar suas idéias, opiniões, enfim, fazer seu networking.

Se você está cansado dos problemas que seu Internet Explorer vem causando, tente o Firefox. É um browser excelente, alguns furos à frente, e muito mais seguro e fácil de usar. Seus charmes são as abas e os add-ons, as milhares de funcionalidades adicionais que estão disponíveis para você ter o seu browser, único e personalizado. Em alguns casos ele pode não funcionar direito, aí o jeito é apelar para o Explorer, que não deve ser desinstalado.

Em matéria de mensagens instantâneas, o mais popular é o MSN, da Microsoft, que você provavelmente já usa, mais de todo modo o link está aí. Lá você também pode usar o Live Spaces e o ultra popular Hotmail. Mas o campeão é o Skipe, que permite também áudio e vídeo-conferências de alta qualidade, e grátis. Para quem quer mais, é só comprar créditos para poder ligar para qualquer telefone fixo ou celular em quase todos os países do mundo (SkypeOut), ou então comprar números locais em mais de uma região, de modo que possam te chamar fazendo ligações locais (SkypeIn). Para ligações internacionais, é difícil bater o Skype em preço e em qualidade. Já nas ligações locais e interurbanas DDD, a meljor opção fica por conta do Vono, da GVT, que tem tarifas menores, e, entre números Vono ou entre usuários Vono, o serviço é grátis.

Para combater os programas espiões, você pode usar tanto o Spy Sweeper quanto o SpyBot. E o anti-virus gratuito mais eficaz e popular é o AVG. Quase tão completo quanto as suites mais vendidas no mercado, da McAffee e da Symantec. Mas se seu problema é aquela enxurrada de e-mails com porcarias, os terríveis spams, tente o POPFile, meio complicadinho de usar mas muito eficaz.

Para quem quer A enciclopédia, vá de Wikipedia em múltiplas linguas. O link aqui é para a enciclopédia em português do Brasil. É muito abrangente e tem o conceito da enciclopédia colaborativa, onde você mesmo pode ser autor de verbetes ou adicionar suas definições. Como tudo que é aberto, cuidado! Muitas definições não são precisas, embora um gripo de internautas procure zelar pela integridade de seu conteúdo. Dada a abrangência e a dinamicidade da Wikipedia, suas vantagens são muito maiores que suas desvantagens. Está sempre atualizada, tem múltiplas vezes a quantidade de verbetes de uma enciclopédia impressa e é muito mais rica, na medida em que conta com a colaboração de milhões de sabichões. A desvantagem, que está vinculada ao leque de vantagem, é exatamente a sua diversidade e a possibilidade de imprecisões. Mas, assim como a democracia, ainda não se inventou uma enciclopédia melhor do que essa.

Quer saber dos vôos nacionais, em tempo de apagão aéreo? Então use esse site da Infraero que vai dar o retrato dos vôos nos principais aeroportos brasileiros, em tempo -quase- real.

Eu gosto muito do programa de previsão de tempo do Weather Channel. Você baixa uma vez e depois pode saber a previsão do tempo atual, hora a hora pelas próximas 30 horas, ou para os próximos 10 dias , em milhares de cidades do mundo. Eu tenho esse programa sempre ativo no meu desktop e é meu guia do tempo.

Por hoje fico por aqui. Para o 91 Minutos de 14/05 de 2007, continuaremos com mais novidades. Se você quer dar suas sugestões, escreva para tecnologia@sigma.com.br. Críticas também valem.

Microsoft tenta comprar Yahoo!

Agora parece que a coisa vai mesmo... Depois de mais de um ano de rumores, as agências de notícias internacionais trouxeram à tona as negociações que estão havendo entre a Microsoft e o Yahoo para que a gigante do software compre a pioneira das buscas na internet.

Ano passado, os valores de negócio eram estimados em 80 bilhões de dólares. Agora, em 2007, o número gira em torno de 50 bilhões. Significa que as duas "veteranas" empresas estão em sua fase madura e encontram dificuldades em competir com muitas empresas mais novas, notadamente o Google, atualmente o inimigo a bater, aos olhos dos concorrentes.

Significa também que a Microsoft, com sua montanha de dinheiro em caixa (estima-se em mais de 50 bi, gerando mais de 1 bi a cada mês, líquido) desistiu de brigar com suas armas atuais tanto na parte de buscas, onde tem um distante terceiro lugar, como na parte de aplicativos pela internet, ambos com uma dianteira apreciável do Google.

O Yahoo, de sua vez, perdeu o pique de seus anos iniciais, e dos ideais de seus fundadores. Embora ainda lucrativa e crescendo, é considerada sempre a segunda em tudo aquilo que faz. Não lidera em praticamente nenhum segmento relevante, embora seja amplamente reconhecida no mercado.

Uma eventual fusão pode trazer benefícios, sem dúvida, mas o problema da fusão cultural é enorme, e pode prejudicar alguns negócios potencialmente lucrativos, como o acordo fechado com a Apple e a Cingular, para usar as ferramentas Yahoo no mais esperado lançamento do ano, o iPhone.

Mas, se bem conduzida, a fusão pode trazer sinergias interessantes, tanto pela presença quase monopolista dos softwares da Microsoft nos computadores de todo o mundo, quanto nas reconhecidas habilidades do Yahoo em suas múltiplas ferramentas e aplicações, centradas em seu consagrado motor de busca.

Vai funcionar? Ou antes, essa fusão vai se concretizar? Ainda não há uma boa resposta para essas perguntas. É acompanhar com interesse e curiosidade.

E o Google? Deve estar preparando uma contra-ofensiva. Mas deve estar igualmente preparado para enfrentar uma nova empresa que venha por aí, como a grande novidade do final da década, que pode ameaçar a hegemonia do mais novo gigante.

Candidatas à "Google killers" existem. Capacidade técnica e estratégica, também. Mas, por enquanto, não há ninguém no radar como uma séria ameaça ao Google, dentre as novatas. Mas é esperar para ver. Um dia o Google vai provar do seu próprio veneno, com toda certeza.

Tuesday, April 10, 2007

E o troféu R$ 1,99 vai para o... Dólar!

Pois é, estamos chegando lá. Um dia desses, você vai a uma loja de R$ 1,99 e compra um Dólar norte-americano, daqueles verdinhos que tanto sucesso já fizeram na parada dos investidores.

Mas... o que isso tem a ver com tecnologia? Muito. Com a queda do dólar, os produtos de tecnologia importados ou que têm muitos insumos importados (praticamente 100%) deveriam cair de preço em reais mais rápido, e isso parece que não está acontecendo.

Será?

Na verdade, a queda é menor do que gostaríamos, mas a turma que vende continua imaginando -e com razão- que a lei da oferta e da procura não pode ser revogada. Essa é a razão principal de termos alguns produtos -TVs de LCD e plasma, por exemplo- com valores em reais estáveis, neste ano, enquanto que, lá fora, em dólares, eles vêm caindo bastante.

Olhando de outro ângulo, nunca tivemos uma variedade tão grande de tudo que é digital aqui no Brasil, e a preços inimaginados há 1 ou 2 anos. Ou seja, existe um mercado novo, com escala, de consumidores que estavam de fora. Isso é bom, mas ajuda a segurar preços.

O que devemos esperar? Uma pausa momentânea, enquanto os preços estão agradando o mercado e mais gente vai comprando. Mas alguns setores podem começar a esfriar. O de telefones celulares, por exemplo, já deu sinais de sufoco, por não estar conseguindo exportar os volumes de 12 meses atrás, e, enquanto não vem para cá as redes 3G, o mercado se movimenta devagar, quase que só com vendas de reposição e muito poucos clientes novos.

No campo dos computadores, os preços baixaram, é verdade, mas enquanto as vendas crescerem a taxas superiores a 20% ao ano, não há motivos para que os preços despenquem. Até porque os efeitos das reduções tributárias da MP do Bem já foram repassadas ao consumidor.

Então, por enquanto, nada de novo, ou sensacional, em matéria de preços de produtos digitais. Mas que o dólar beirando o R$ 1,99 é algo inusitado, isso é. Será que dura?

Thursday, March 01, 2007

Guerra dos Browsers: E o Oscar vai para... FIREFOX

Faz muito tempo (para TI, ao menos) que a Microsoft acabou com a festa do Netscape, que reinava soberano no mundo recente dos browsers. Uma década, não mais. Agora a poderosa Microsoft está provando um pouco de seu próprio veneno...

Quando apareceu o Mozilla, parecia mais uma iniciativa louvável mas quixotesca da comunidade do software livre. Mas aí a coisa ficou organizada, ganhou substância e, no momento atual, a comparação é inequívoca: O Firefox 2.0 é muito melhor, mais estável, mais seguro, mais fácil de usar, mais personalizável do que o Internet Explorer 7 da Microsoft.

Parece que o sonho da comunidade em rede, que é a essência da internet, está materializada no Firefox.

Hoje em dia, não há razão prática para não mudar, salvo talvez diretrizes corporativas que passem pelo uso exclusivo do IE 7. Mas mesmo nesses casos talvez seja melhor rever essas diretrizes.

Alguns podem argumentar que a base instalada do IE 7 é bem maior do que a do Firefox -o que é verdade- e que alguns sites não funcionam bem no Firefox -também uma verdade. Mas o fato é que hoje em dia o Firefox ganha espaço no mundo dos browsers e mais e mais usuários o adotam.

Os sites que não funcionam adequadamente com o Firefox provavelmente estão defasados e não devem ser muito úteis.

Se você não usou ainda, experimente. Se puder, use só o Firefox. Mas, se houver "aquele" site que ainda requer o IE, não tem problema: é só não tirá-lo do seu computador. Você pode ter mais de um browser, sem problemas.

Quando o IE 7 foi lançado, ele parecia estar no mesmo nível do Firefox, mas, na verdade, este vem andando cada vez mais rápido.

Um encanto são os utilitários que você pode adicionar ao Firefox, de tal modo a fazer do browser algo com a sua cara, o seu jeito, o verdadeiro "Meu Computador". Existem milhares de "Add-On"s que você pode incorporar ao seu browser.

Só lembrando: o IE vem incorporado ao Windows XP, e o Firefox é grátis. Já no Windows Vista, as versões para a Comunidade Européia e alguns países asiáticos exigem que a instalação do IE não seja feita automaticamente. Isso deve fazer crescer a participação do Firefox, hoje instalado em 1 de cada 3 computadores com acesso à internet.

Tuesday, February 06, 2007

Busca na Internet: melhores motores, dicas de pesquisa

Muitas consultas e polêmicas de nossos participantes do 91 Minutos sobre os sites de busca na internet. Hoje vamos resumir alguns fatos indisputados e dar dicas que facilitarão -e muito- o trabalho de catar informações na web.

Em primeiro lugar: qual o melhor "motor de busca" na internet? Depende, diz aqui o comentarista, sem querer ser "vaselina". Mas depende mesmo.

O fato indisputável é que o Google é o campeão de uso genérico, suplantando de longe seus rivais mais próximos, o Yahoo! e o MSN. A razão é simples: o Google é uma organização estruturada e pensando em busca na internet. Ninguém é tão completo e tão geral quanto ele.

Alguns preferem o Yahoo! ou o MSN e mesmo outros mais tradicionais, como o AltaVista ou até mesmo o Ask Jeeves, para ficar só com os da última década. É provável, se você for fazer uma busca específica, digamos "o gato da minha tia", que o Yahoo! apresente mais ou melhores resultados.

Existem muitos estudos e mesmo institutos de pesquisa, à la Ibope, que se especializam sobre o assunto, e uma postagem em um blog não pretende esgotar o assunto. Apenas vamos buscar o modo mais prático e intuitivo: use o que você está melhor acostumado, e, na dúvida, busque um outro. Eu mesmo faço isso às vezes, quando necessário.

Para busca genérica, eu vou de Google, tanto na internet quanto no meu laptop. Eu gosto do jeito simples do Google, e, em 95% dos casos, me dou bem com os resultados alcançados. E uso muitos outros produtos do Google, como o GMail, o orkut, o AdSense, o AdWords, o Picasa, o Google Desktop... E todos são orientados à busca e tenho tido resultados sólidos com todos e surpreendentes em alguns casos, como o do AdWords.

Mas é na busca específica que eu encontro os resultados mais relevantes para minha profissão ou meu lazer. Os principais portais que freqüento têm seus motores de busca próprios, muitas vezes emprestados do Google ou do Yahho, mas seus parâmetros sempre conduzem a resultados mais precisos, até porque os horizontes de busca são muito menores.

Uma nota boa para os sites nacionais de busca de preços comparados, como o UOL Shopping, o Buscapé e o BondFaro. Usá-los é uma excelente forma de ganhar tempo e economizar seus reaizinhos. Mesmo que eu vá fazer uma compra em uma loja real, eu não vou sem ter as referências de preços de sites de busca.

Sobre como maximizar os resultados de busca, outro motivo de algumas dúvidas dos amigos do 91 Minutos, aqui vão algumas dicas que valem para todos os principais motores de busca:

*se você busca palavras-chave separadas em páginas da internet, simplesmente relacione-as no local apropriado, apenas com um espaço. Tipo: Brasil futebol Pelé retornará com tantos links quantos forem encontrados que contenham as 3 palavras em qualquer ordem e referência.

*se você busca algo dentro do contexto de uma frase, esta pode ser colocada entre aspas, como: "Pelé o melhor". Note que as aspas restringem a pesquisa à exata formulação do texto entre aspas, e a essa consulta não voltará nada com "Pelé o maior"

*é possível usar argumentos de álgebra booleana, como, por exemplo:

"Pelé o melhor" AND "Pelé o maior" retornará páginas que contenham ambas as citações, da mesma forma que "Pelé o melhor" + "Pelé o maior"
"Pelé o melhor" OR "Pelé o maior" retornará páginas que contenham ao menos uma das citações

Boas pesquisas!